Como proceder?

Despesas de saúde inesperadas em férias

Atualizado: 
10/08/2016 - 15:53
As férias são altura de descanso e de quebrar a rotina, permitindo alcançar a máxima “corpo são em mente sã” ao atenuar o stress do quotidiano, reduzindo o risco de depressões e aumentando a resiliência para lidar com os problemas do dia-a-dia, trazendo assim inúmeros proveitos ao nível do bem-estar físico e emocional. Contudo, os imprevistos acontecem, mesmo nas férias, e é importante estar precavido para o caso de surgirem gastos imprevisíveis com a saúde.

Ao definir o orçamento para as férias, é fulcral ter a saúde em consideração. Neste sentido, os cuidados a ter podem ser muito diferentes consoante se vá viajar dentro do país ou para o estrangeiro, variando também largamente conforme os continentes e/ou países visitados.

Numas férias dentro de Portugal, mesmo que surja uma emergência médica (imagine que foi andar de bicicleta com os filhos e caiu, fraturando um osso, por exemplo), resolver uma situação deste género dentro do país é obviamente mais fácil. Para além da existência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), diversas são as seguradoras que oferecem uma ampla gama de seguros e de planos de saúde com acordos em clínicas e hospitais por todo o território nacional.

Todavia, o caso muda de figura quando se vai para fora, sendo que, neste caso, os cuidados devem ser redobrados. Uma urgência no estrangeiro pode custar muito caro a quem não se encontra preparado para essa eventualidade. Desde logo, depende do país para o qual se vai e de questões como o clima, a alimentação e as condições de saneamento básico presentes no local, que aumentam a propensão a adoecer e a exposição a determinados vírus e bactérias a que o corpo não está habituado.

Dentro da região constituída pela União Europeia (UE), bem como na Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, já existem mecanismos que protegem os cidadãos dos Estados-membros face a contingências médicas, podendo apontar-se, neste âmbito, a existência do Cartão Europeu de Seguro de Doença. Perante uma situação em que o estado de saúde do viajante se encontre comprometido, este instrumento permite que não precise de regressar ao país de origem para receber os cuidados necessários, uma vez que com o mesmo pode ser tratado em qualquer hospital público dos países abrangidos.

Por seu turno, fora da UE, a assistência médica não funciona da mesma forma. Desde logo, especialmente se for para países com clima tropical, em África ou na América do Sul, por exemplo, deve ir a uma consulta do viajante na qual será informado sobre todas as vacinas e medicação a tomar para combater doenças tropicais (malária ou dengue, a título exemplificativo). Viajar em segurança é essencial.

Cabe salientar ainda que muitos países não possuem infraestruturas públicas que possam acolher os viajantes. Podem ter hospitais privados, mas estes geralmente são dispendiosos e, neste sentido, nada como viajar com meios de pagamento que facilitam a gestão do orçamento em caso de surgirem despesas de saúde inesperadas.

Até para evitar recorrer a casas de câmbio e estar sujeito a taxas para trocar dinheiro por moeda local, importa ter noção de que existem cartões de crédito (especialmente os de milhas aéreas) que, mediante o pagamento integral da viagem com o mesmo, possuem seguros de viagem acoplados que normalmente cobrem a assistência médica no estrangeiro, o transporte dos pacientes e a sua hospitalização. “Não é seguro, de todo, viajar com muito dinheiro na carteira, para além de que pagar desta forma é vantajoso em caso de emergências médicas e a oferta do mercado é ampla”, aconselha Sérgio Pereira, diretor geral da plataforma de simulação financeira ComparaJá.pt.

A saúde não tira férias e quanto mais precavido estiver, menores serão as preocupações. Desta forma, viajar descansado também contribui para melhorar os merecidos dias de folga.

Fonte: 
ComparaJá.pt
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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