Web Summit

Criadores dizem que plataformas digitais podem democratizar acesso à saúde

Criadores de aplicações móveis nas áreas da saúde e bem-estar, com vista à obtenção de estilos de vida saudáveis, defenderam hoje, na cimeira de tecnologia Web Summit, em Lisboa, que estas plataformas digitais podem democratizar o setor.

“Normalmente, tens de estar doente para ir ao médico e para conseguires falar com ele. Acho que as plataformas digitais podem democratizar esse acesso à saúde”, defendeu o cofundador e diretor de operações da aplicação Lifesum, que cria um guia personalizado de estilo de vida com dicas para os utilizadores.

Para Marcus Gners, “a saúde é simples”, já que “só é preciso comer bem, praticar exercício físico e dormir bem”.

Contudo, por vezes, “a pessoa pode vacilar”, razão pela qual “as aplicações podem ajudar a cumprir” as metas dos utilizadores, sustentou o responsável, que falava numa conferência sobre aplicações de saúde na Web Summit, que hoje termina no Parque das Nações.

Ainda assim, Marcus Gners admitiu que estas plataformas “não têm durabilidade se venderem ‘porcaria’”, pelo que deve imperar a criação de “bons produtos que melhorem a vida dos utilizadores”.

Também presente, a cofundadora da aplicação de treino de corrida e de ciclismo Edomondo, Mette Lykke, explicou que esta plataforma surgiu para “tornar o exercício físico divertido”.

A responsável defendeu que este tipo de aplicações têm que ser “muito personalizadas para poderem substituir um ‘personal trainer’ [treinador pessoal], que muita gente não tem por não ter possibilidade de pagar”.

Já a cofundadora e diretora de ‘marketing’ da Ada, plataforma que liga pacientes a uma rede de médicos, notou que esta aplicação “não faz um diagnóstico, mas permite que as pessoas estejam mais informadas”.

Claire Novorol deu ainda conta de que, na Ada, existem anúncios, mas assegurou que a política de privacidade não permite que estes tenham impacto direto na saúde dos utilizadores.

Segundo a organização da Web Summit, nesta segunda edição do evento em Portugal, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois de permanência na capital portuguesa.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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Foto: 
Pixabay