Estudos revelam

Crescimento precoce do peito pode gerar problemas de saúde no futuro

O crescimento do peito em meninas com menos de dez anos pode ser um alerta para problemas futuros de saúde. Obesidade, doenças cardíacas e cancro estão entre os principais riscos, revelam estudos.

O crescimento do peito em meninas com menos de de anos pode ser sinal de problemas de saúde futuros. Um estudo científico, citado pelo El País, revela que a puberdade precoce aumenta em 20% o risco de obesidade, de diabetes do tipo 2, doenças cardíacas e cancro, nomeadamente, cancro da mama. No entanto, esta descoberta, realizada pela Universidade de Glasgow e levado a cabo pela investigadora Gillian Wilson, conta ainda que o desenvolvimento precoce de uma rapariga pode estar também associado a problemas psicológicos, como sentimentos de vergonha e embaraço perante as outras pessoas. Além disso, escreve o Observador, podem vir a desenvolver-se outras questões mais preocupantes, como o início precoce da atividade sexual, podendo provocar danos emocionais, bem como doenças sexualmente transmissíveis.

De acordo com Gillian Willson, o peito desenvolve-se a partir de uma fina capa de células, chamadas ramificações epiteliais, no interior dos tecidos. Essas ramificações crescem e mudam ao longo de toda a vida reprodutiva da mulher e só param de crescer no princípio da idade adulta, quando o peito se encontra totalmente desenvolvido. Contudo, depois da gravidez essas ramificações voltam a crescer e só voltam a parar no fim da fase de amamentação.

Willson conta também que as ramificações dependem de várias hormonas e de células do sistema imunitário, uma delas com o nome de ACKR2. Uma das particularidades desta molécula, segundo consta no estudo, é poder vir a impedir o crescimento precoce do peito. “Agora que sabemos que a ACKR2 é uma molécula chave para prevenir o desenvolvimento prematuro do peito, teríamos um argumento de peso para criar novas intervenções farmacêuticas, sobretudo com a quantidade de problemas relacionados com esta circunstância”, afirma a investigadora.

No entanto, Gillian Wilson admite ainda que esta decisão é única e exclusivamente das entidades responsáveis pelas despesas da saúde, que têm de decidir se os “riscos das futuras doenças e outros problemas associados ao desenvolvimento precoce do peito são suficientemente graves para justificar esta medida”.

Fonte: 
Observador
Nota: 
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