Despesas de Saúde

Como alocar parte do orçamento familiar para despesas de saúde?

Atualizado: 
06/10/2016 - 15:59
Organizar o orçamento mensal é essencial para qualquer família cuidar das suas finanças e, ainda mais, da sua saúde. Embora pensado em termos mensais (pois as famílias pagam despesas todos os meses), o orçamento deve ser delineado a médio prazo: com objetivos de poupança anuais. Neste sentido, existem encargos que muitas vezes são inesperados, como é o caso das emergências ao nível da saúde, e estar precavido contra estas é fundamental.

O inverno está a chegar e com este vêm as gripes e constipações sempre associadas às mudanças de temperatura. O melhor remédio? Prevenir. E antecipar não significa apenas tomar Vitamina C, mas também ter as finanças e, lato sensu, o orçamento familiar à prova de emergências médicas.

Em termos percentuais, o orçamento familiar deve ser organizado da seguinte forma: 35% para a prestação mensal e todos os custos associados à habitação (água, luz, internet e afins), 25% para alimentação, 15% para despesas com transportes e prestação do automóvel, 10% para poupança e, finalmente, 15% para outras despesas essenciais, como é o caso da saúde.

Os 15% do orçamento familiar que devem ser alocados a despesas de saúde podem ser através de uma espécie de “kit de emergência” (algum montante que se põe de parte para fazer check-ups de tempos a tempos), de um seguro ou plano de saúde e até, às vezes, soluções financeiras direcionadas a situações de emergência médica.

Normalmente, em termos de gastos em saúde, os seguros cobrem ou comparticipam o transporte dos doentes, a sua hospitalização e o respetivo acompanhamento médico. “E uma das maiores vantagens associadas aos seguros de saúde é o facto de poderem, precisamente, incluir toda a família num só pacote que, por sua vez, abrangerá diversas especialidades”, sublinha Sérgio Pereira, diretor geral do ComparaJá.pt.

Mas existem cartões de crédito que acoplam seguros de saúde. Portanto, tal como adverte o responsável da plataforma gratuita de simulação de produtos financeiros, “para quem tenha uma conta bancária, é sempre útil verificar primeiro se os cartões associados à mesma não poderão já incluir uma proteção a este nível. Ainda assim, é importante ter em conta que nalguns casos poderá ter de se pagar um prémio adicional”.

As coberturas variam sempre, mas, no geral, um seguro de saúde associado ao cartão pode ajudar com despesas de internamento hospitalar, tanto em Portugal como no estrangeiro (nesta última opção através do seguro de viagem), comparticipando gastos e tratamentos em caso de acidente ou doença.

As contas médicas podem ascender às centenas ou milhares de euros, especialmente se houver cirurgias envolvidas. Por vezes, quando os imprevistos surgem e o seguro de saúde não cobre o que é necessário no momento ou se não se dispõe mesmo de qualquer seguro, ter as finanças à prova de emergências faz toda a diferença.

Ademais, é de salientar ainda que as despesas de saúde realizadas por qualquer membro do agregado familiar são dedutíveis no IRS em 15%, até um máximo de 1.000 Euros, sendo que os prémios dos seguros de saúde também o são. A partir deste ano, as despesas de saúde taxadas com 23% de IVA passam a ser incluídas na categoria “despesas familiares”.

Pese embora a existência do Serviço Nacional de Saúde, existe uma clara perceção de que a salvaguarda criada por este não é total e que muitos custos de saúde acabam por ter de ser financiados pelas próprias pessoas, o que cria um grande peso na carteira de uma família. A melhor forma de evitar é mesmo estruturar o orçamento mensal a pensar no futuro e num dos aspetos mais essenciais: a saúde.

Fonte: 
ComparaJá.pt
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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