Tumor da pele

Carcinoma basocelular

Atualizado: 
24/04/2020 - 10:14
O carcinoma basocelular é um cancro que se origina na camada mais profunda da epiderme.
Cancro da pele

O carcinoma basocelular, ou basalioma, é um tumor da pele, de crescimento lento, que a maioria das vezes aparece na pele exposta ao sol. Tem origem na camada basal da epiderme, geralmente cresce durante anos sem causar nenhum desconforto.

Costuma desenvolver-se como formações muito pequenas, brilhantes, duras e salientes que aparecem sobre a pele (nódulos) e que aumentam de volume lentamente, às vezes tão lentamente que podem passar despercebidos. No entanto, a velocidade de crescimento varia muito de um tumor para outro e alguns chegam a crescer aproximadamente 1 cm por ano.

O carcinoma basocelular pode ulcerar-se ou formar crostas no centro. Por vezes, crescem achatados e assemelham-se ligeiramente a cicatrizes. O bordo do cancro pode adquirir um aspecto branco-pérola. Por outro lado, o cancro pode sangrar, formar crostas e sarar, levando o doente a pensar que se trata de uma úlcera em vez de um cancro. Na realidade, esta alteração entre a hemorragia e a cicatrização é, muitas vezes, um sinal significativo de carcinoma basocelular ou de carcinoma de células escamosas.

Este tumor geralmente não forma metástases, mas se não for tratado, pode destruir estruturas contíguas ou subjacentes. Quando os carcinomas basocelulares crescem perto de um olho, da boca, de um osso ou do cérebro, as consequências da invasão podem tornar-se graves. No entanto, na maioria das pessoas limitam-se a crescer lentamente dentro da pele. De qualquer maneira, extirpar os carcinomas precocemente pode evitar que se propague o dano às estruturas subjacentes, como a cartilagem e os ossos.

Existem várias formas de carcinoma basocelular. Algumas manifestam-se como pápulas com uma superfície brilhante, que muitas vezes desenvolvem uma ferida pequena no meio. Estes designam-se por “carcinomas basocelulares nodulares” e são mais passíveis de ser encontrados na região da cabeça e pescoço. Os doentes normalmente referem que têm uma ferida que não cicatriza.

Outros, designados como carcinomas basocelulares superficiais, aparecem como manchas vermelhas, finas e acastanhadas, que aparecem frequentemente no tronco, braços e pernas. Podem ser facilmente confundidos com manchas de pele seca, eczemas ou psoríase, por exemplo. No entanto não respondem aos cremes hidratantes ou aos esteróides tópicos.

Sintomas

A grande maioria das lesões aparece na face. O basalioma pode manifestar-se de diversas formas mas a sua apresentação mais típica inicia-se como pequena lesão consistente, de cor rosada ou translúcida e aspecto "perolado", liso e brilhante, com finos vasos sanguíneos na superfície e que cresce progressiva e lentamente.

O carcinoma basocelular também pode apresentar pontos escuros e, na sua evolução, pode ulcerar (formar ferida) ou sangrar devido a pequenos traumatismos como o roçar da toalha de banho, podendo, com isso, apresentar uma crosta escura (sangue coagulado) na sua superfície.

Algumas lesões podem ser pigmentadas, com as mesmas características descritas porém de coloração escura (basocelular pigmentado), outras crescem em extensão atingindo vários centímetros sem contudo aprofundar-se nos tecidos abaixo dela (basocelular plano-cicatricial).

A forma mais agressiva acontece quando o tumor invade os tecidos em profundidade (basocelular terebrante), com grande potencial destrutivo principalmente se atingir o nariz ou os olhos.

Existem outras formas de apresentação do carcinoma basocelular e o diagnóstico deve ser feito por um profissional capacitado. Se apresenta uma lesão de crescimento progressivo, que forma crostas na superfície ou sangra facilmente, procure um médico dermatologista para fazer uma avaliação.

Tratamento

O tratamento do carcinoma basocelular é, na maioria das vezes, cirúrgico. O especialista pode eliminar o cancro todo raspando-o e queimando-o com uma agulha eléctrica (raspagem e electrocoagulação) ou então cortando-o.

Em situações muito raras usa-se a radioterapia. Para os tumores recorrentes e os carcinomas basocelulares semelhantes a cicatrizes, pode ser necessário recorrer à cirurgia controlada ao microscópio (cirurgia de Moh).

Fonte: 
dermatologia.net
Manual Merck
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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