Hospitais de Coimbra

Assinada parceria com Centro de Trauma da Universidade de Miami

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra assinou hoje, simultaneamente com o lançamento do Programa TeleTrauma, um acordo de parceria com o Centro de Trauma da Universidade de Miami, um dos mais experientes e avançados centros americanos.

"Miami é um centro com uma enorme experiência em duas áreas: no trauma à distância e no trauma de desastres ou de conflitos armados. Portanto, a aprendizagem nesta fase é muito importante para nós", sublinhou aos jornalistas o presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Segundo José Martins Nunes, trata-se de mais um passo do CHUC que resulta "da sua linha estratégica de internacionalização, com ligação aos grandes centros do mundo nas várias áreas", depois da sua aceitação no M8 Alliance, considerado o G8 da saúde mundial. Neste âmbito, Portugal, representado pelo consórcio CHUC / Universidade de Coimbra (UC), realiza em abril de 2018, em Coimbra, a Cimeira Mundial de Saúde intercalar.

A parceria insere-se no Programa TeleTrauma, que vai agregar todos os hospitais da região Centro e que foi lançado durante a conferência "Inovação e Internacionalização em Telesaúde", numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.

O projeto prevê que, através de telemedicina, especialistas em trauma possam interagir com o cenário de acidente e com outros centros de emergência médica no local de um acidente em massa ou situação de catástrofe, usando dispositivos móveis de Internet para determinar a gravidade das lesões.

"Podem ser fornecidas avaliações clínicas e determinado se os feridos devem ser transferidos para os Centros de Trauma de referência e os especialistas em trauma remoto podem fornecer a mesma qualidade de avaliação clínica e plano de cuidados como um especialista em trauma localizado fisicamente junto do paciente", explicou Martins Nunes, na sua intervenção.

O programa visa reduzir a mortalidade de pacientes de trauma em zona remotas, encurtar tempos de intervenção, encurtar distâncias e ‘colocar’ o médico especialista no cenário de trauma durante a primeira hora após o acidente, através das mais avançadas tecnologias.

Abrange as áreas de emergência médica regional, nacional e internacional, desastres e catástrofes nacionais e internacionais, trauma militar, psicológico e teleformação em trauma.

"O Serviço Nacional de Saúde (SNS) sai a ganhar porque, desde logo, os doentes podem ser e passam a ser mais adequadamente tratados, além de aumentar a coesão regional e nacional territorial, porque ter um acidente ou um trauma numa zona distante de um grande centro é sempre um problema", considerou o presidente do CHUC.

O programa "vai encurtar essas distâncias e passam a ser os peritos dos hospitais em rede que vão atuar e fazer a diferença no resultado final do trauma".

Segundo Martins Nunes, o serviço regional de teletrauma será ativado em julho.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Pixabay