Morte súbita

Ação de rua prova que a maioria dos portugueses não está apta a salvar vidas

No Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia lança um filme que o/a vai deixar com vontade de aprender Suporte Básico de Vida.

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) organizou uma ação de rua, em parceria com o Metropolitano de Lisboa, para perceber como reagiriam os portugueses se alguém sofresse um episódio de morte súbita. O resultado, não foi animador, e por isso é importante partilhá-lo consigo.

Recorrendo a dois atores, foi simulado um episódio de morte súbita, e as reações foram muito esclarecedoras: a maior parte das pessoas não sabe como reagir. Quando ocorre um episódio de morte súbita, o impulso de todos nós é ligar o 112, o que, sendo crucial, não basta! Quando ocorre um episódio de morte súbita, o tempo necessário para que ocorra uma lesão cerebral irreversível pode ser inferior a 5 minutos e o INEM raramente chega a tempo de evitar o pior. É nesses momentos que a probabilidade de alguém sobreviver, sem uma lesão cerebral, pode depender de si. Se cada um de nós soubesse manobras de Suporte Básico de Vida, inúmeros casos de morte súbita poderiam sido evitados.

Os factos:
Em Portugal, em média, cerca de 10 mil pessoas vão sofrer morte súbita cardíaca a cada ano que passa, tendo em conta os números da mortalidade cardiovascular. Cerca de 20% da mortalidade global da população ocorre como morte súbita e aproximadamente metade das mortes cardiovasculares devem-se a episódios de morte súbita.

E se alguém sofrer um Episódio de Morte Súbita. Sabe o que fazer? from doctorstv on Vimeo.

O que propõem os Cardiologistas?
Incrementar e potenciar o ensino do Suporte Básico de Vida (SBV) nas escolas, com uma forte vertente prática e fomentar a sensibilização de todos os cidadãos para a importância desta aprendizagem e treino.

Promover uma maior acessibilidade a equipamento apropriado, denominado DAE (desfibrilhador automático externo) em locais públicos, de maior concentração de pessoas, como recintos desportivos, grandes superfícies comerciais, aeroportos e até mesmo na via pública, onde este  a existência de DAE deverá ser considerado um requisito básico de segurança.

Muito mais vezes do que se possa pensar, a possibilidade de salvar uma vida em risco de morte súbita, pode estar nas suas mãos ou de qualquer outro do cidadão comum.

Fonte: 
SConsulting
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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