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A abordagem ao cancro do pulmão do ponto de vista do doente

Alice foi diagnosticada com cancro do pulmão de não pequenas células há quase três anos e graças à oncologia de precisão e à realização de estudos genómicos pode desfrutar de uma vida normal.

Amanhã, 17 de novembro, assinala-se o Dia Mundial do Não Fumador, uma data que tem como objetivo alertar para os perigos do tabaco e dar visibilidade a doentes e cuidadores que têm de lutar todos os dias contra o cancro do pulmão, principal doença associada ao consumo de tabaco. Um exemplo é o de Alice, uma doente que foi diagnosticada com cancro de pulmão de não pequenas células (CNPC) aos 49 anos de idade. O cancro foi detetado há quase três anos e, graças à oncologia de precisão, pode ter uma vida praticamente normal neste momento.

"Quando os médicos detetaram, eu estava envolvida num labirinto de testes, consultas médicas e perplexidade. Fiz uma cirurgia para remover o líquido da pleura e tive que esperar pelo tratamento. Enquanto esperava uma data para começar a quimioterapia, um amigo falou-me sobre os laboratórios OncoDNA, que realizam análises genómicas de tumores para encontrar a terapia ideal para matar o cancro. Consultei o meu oncologista que me incentivou a tentar ", explica Alice.

Um procedimento simples

Segundo a doente, a realização desses testes é bastante simples, "pelo menos no meu caso. Enviei uma amostra do tumor que havia sido previamente removido com a cirurgia para a OncoDNA, com a intercessão do meu oncologista”. Naquela época, a doente não estava a receber tratamento e não tinha boas expectativas. "Os médicos disseram-me que era incurável e isso levou-me a procurar outra solução. Não consegui acomodar-me, tive que lutar pelos meus filhos", lembra.

Os resultados chegaram em dez dias. "O teste foi feito com muita urgência devido à quantidade de tempo decorrido sem tratamento. Deu positivo em dois dos oncogenes conhecidos e tive a possibilidade de aceder a uma terapia direcionada às características do meu tumor e evitar a quimioterapia". Ao longo destes dois anos e graças em parte às informações obtidas através da análise genómica, Alice teve a oportunidade de entrar em vários ensaios clínicos que mantêm a doença controlada. "Nos dias  em que não vou ao hospital nem me lembro dele. É verdade que há muitas coisas que não posso fazer agora, é algo que assumi, mas sinto-me muito bem. Faço análises periódicas e espero que um dia curar-me".

O cancro do pulmão em números

De acordo com a Direção Geral de Saúde, o cancro do pulmão afeta cerca de 4.300 pessoas em Portugal e é a neoplasia com maior mortalidade. Cerca de 50% dos casos diagnosticados já se encontra num estado avançado.

Felizmente, o arsenal terapêutico e de diagnóstico que os especialistas têm para combater o cancro está a aumentar, e as novidades que aparecem estão muitas vezes intimamente ligadas à medicina personalizada, como tratamentos direcionados e imunoterapia. Um exemplo claro são os estudos genómicos como o OncoDEEP, usado com a doente Alice, baseado na análise de uma amostra de tecido tumoral para encontrar um tratamento efetivo no menor tempo possível.

Esta não é a única opção oferecida pela OncoDNA. Para o cancro de pulmão, também tem o teste OncoSELECT, uma análise rápida e minimamente invasiva de ADN do tumor circulante de uma amostra de sangue (ou biópsia líquida). Uma boa ferramenta para identificar soluções terapêuticas naqueles doentes que não têm a possibilidade de ter uma biópsia de tecido ou mesmo que esteja disponível, seja uma amostra antiga ou escassa. Ou também para executar uma resposta de controlo exaustivo ao tratamento e detetar resistência à terapêutica assim que aparece, mesmo antes dos exames de imagem.

Fonte: 
Oncodna
Nota: 
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