Embora os vírus da gripe [1] sejam muito instáveis e o seu comportamento imprevisível, as estratégias de vigilância global da gripe permitem reduzir o impacto de uma pandemia [2]. A prevenção passa pela implementação de sistemas de vigilância global e continuada — epidemiológica, clínica e virológica; utilização atempada de métodos de diagnóstico adequados; vacinação [3] generalizada da população, logo que existam vacinas [4] (vacinação prioritária de grupos de risco); prescrição racional de medicamentos antivíricos eficazes e numa intervenção comunitária efectiva.
A vigilância da gripe deve decorrer continuamente ao longo do ano, tendo como finalidade a recolha e a análise de informação essencial à monitorização da actividade dos vírus da gripe e respectiva doença. Os resultados deste tipo de avaliação são importantes para a emissão de recomendações que visam a produção anual de vacinas antigripais.
Quanto mais precoce for a detecção dos vírus com potencial pandémico, mais rápida será a implementação de medidas de controlo eficazes e mais precoce será o início da produção de vacinas específicas. Um sistema de vigilância efectivo é crucial para a detecção dos vírus circulantes e dos primeiros indícios da sua transmissão inter-humana. Como os vírus da gripe se disseminam com grande rapidez, os sistemas de vigilância (epidemiológica, clínica e virológica) devem ser articulados à escala mundial.
Em Portugal, o sistema nacional de vigilância da gripe é coordenado pelo Centro Nacional da Gripe, em colaboração com a Direcção-Geral da Saúde e o Observatório Nacional de Saúde. Integra as componentes epidemiológica/clínica e virológica da vigilância da gripe, alicerçadas em informações clínicas e laboratoriais obtidas numa rede de médicos sentinela e nos serviços de urgência dos hospitais e centros de saúde. Através da recolha e análise da informação, o sistema de vigilância permite estimar a morbilidade da gripe, identificar surtos, caracterizar as estirpes de vírus, e facilitar intervenção dos serviços de saúde em termos de implementação de acções de prevenção e aconselhamento terapêutico.
É um sistema de vigilância de base virológica, coordenado pela Organização Mundial de Saúde. Integra uma rede internacional de laboratórios que monitoriza a circulação dos vírus da gripe, e tem capacidade para detectar a emergência de novos vírus com potencial pandémico. É constituído por uma rede de 112 laboratórios nacionais, em 83 países (incluindo Portugal), e 4 centros mundiais de referência sedeados em Atlanta, Londres, Melbourne e Tóquio.
Este sistema – European Influenza Surveillance Scheme (EISS) – faz parte da Rede Europeia de Vigilância Epidemiológica e Controlo de Doenças Transmissíveis, e integra os laboratórios nacionais de 23 países. Combinando a vigilância clínica e serológica da gripe, este sistema permite efectuar a monitorização da actividade dos vírus da gripe na Europa, e funciona como um sistema de alerta precoce do impacte das epidemias.
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/gripe
[2] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/pandemia
[3] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/vacinacao
[4] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/vacinas-0
[5] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/gripe-sazonal
[6] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/propolis-o-seu-aliado-para-este-inverno
[7] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/gripes-e-constipacoes-podem-originar-perdas-auditivas
[8] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/dgs
[9] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[10] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-respiratorio
[11] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/corpo-humano
[12] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/informacao-sazonal
[13] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/infeccoes
[14] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/direcao-geral-da-saude